sábado, 16 de abril de 2011

Jovens não gostam de política, será?

Jovem que gosta de política hoje em dia é coisa rara. Apesar das desilusões com candidatos e partidos, o país vai às urnas em outubro e 13 milhões dos eleitores têm entre 16 e 20 anos de idade.

A principal razão que afasta os jovens da política é o modo arcaico como ela é abordada. Os poderosos falam e escrevem para um circuito muito restrito de ouvintes e leitores e consequentemente geram um desinteresse muito grande por parte dos jovens. Dessa forma é a política que acaba abandonando os jovens e não vice-versa.

Os jovens brasileiros, segundo a Unicef, consideram os partidos políticos importantes, mas preferem nao participar de uma legenda por nao gostarem de política e por acharem que não possuem amadurecimento. Com isso somente uma minoria vota e faz campanha para o candidato de sua preferência. Nesse cenário o país perde uma militancia jovem para grupos religiosos, associações esportivas e grupos artisticos.

A participação dos jovens na política nacional restringe-se hoje aos livros de história. Mas nem sempre foi assim. A última grande participação dos jovens na política foi em 1992, quando eles ajudaram no impeachment do ex-presidente Fernando Collor. A ocupação de cargos eletivos por jovens ainda é pequena. Dos 513 deputados federais, por exemplo, apenas oito tem menos de 30 anos. As estatísticas são desfavoráveis, mas a melhora surgirá quando a juventude passar a ter uma visão crítica e aprender a importância da política.

Essa situação está intimamente ligada a renda e o grau de educação dos jovens. Quanto maior a renda do jovem, maior seu grau de participação em organizações sociais. A grande ligação para que o jovem possa participar mais da vida política e da sociedade é a educação. O jovem pobre tem uma grande dificuldade de acesso à educação e não tem estímulo. Já o jovem com renda familiar melhor tem condição de ir a uma escola particular e lá tem mais acesso à informação e mais estímulo para participar da vida política do país.

O desencanto com a politica nao pode limitar a participação dos jovens. Não basta apoiar ou ser apoiado numa eleição, o jovem tem que tornar-se um cidadão politizado para poder reinvidicar, sugerir, opinar etc. Educando nossa juventude para a política, no futuro não precisaremos combater os homens eleitos.

Chega de tantos politicos experientes, experientes no roubo, na corrupção, nos esquemas, safadezas. Esse tipo de experiencia não nos interessa, devemos escolher os inexperientes, mas que trabalham, buscam a melhoria da população, não cobram proprina etc. Vamos observar em outubro nossa juventude, vamos escuta-los e quem sabe aumentarmos a participação dessa classe na politica nacional.

Eduardo Simas
Economista - CORECON 5502

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